Podemos compreender a Psicopedagogia como o espaço para qual convergem diferentes áreas do conhecimento, cujo campo de atuação seria identificado pelo processo ensino/aprendizagem. Desta forma, ela integra conhecimentos de várias ciências entre as quais podemos destacar: psicologia, pedagogia, neurologia, sociologia, antropologia, linguística, ou seja, todas as áreas que estudam o processo de aprendizagem.

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Considerando a questão da aprendizagem como uma característica da espécie humana, desloca-se da sala de aula e da relação professor/aluno a reflexão, os estudos e a atuação dos profissionais que pretendem compreender questões ligadas à aprendizagem. Aprender torna-se ato de vida humana, não só de vida escolar.

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A Psicopedagogia, neste contexto, deve ser entendida como uma área interdisciplinar que pretende compartilhar as reflexões, pesquisas e atuação dos aspectos relacionados ao processo ensino/aprendizagem.

Inicialmente ela surgiu com o objetivo de trabalhar a dificuldade de aprendizagem. Atualmente podemos ampliar seu objetivo para a compreensão do processo de aprendizagem do sujeito cognoscente.

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Ela configura-se no campo clínico e/ou institucional (escolas, hospitais, empresas, etc.), e sua prática pode ser preventiva e/ou terapêutica.

Constitui um conjunto de práticas de intervenção no campo da aprendizagem, seja no âmbito da prevenção, seja no diagnóstico e no tratamento das dificuldades de aprendizagem, ou ainda, na intervenção específica no processo de aprendizagem escolar.

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É uma área de estudo que olha para o sujeito como um todo no contexto no qual está inserido; que estuda os caminhos de como o sujeito “aprendeu a aprender”.  De como ele adquire, elabora, saboreia e transforma em saber o conhecimento.

“Estuda o ato de aprender e ensinar, levando sempre em conta as realidades interna e externa da aprendizagem tomadas em conjunto, (...) a construção do conhecimento em toda a sua complexidade, procurando colocar em pé de igualdade os aspectos cognitivos, afetivos e sociais que lhe estão implícitos. ” (Neves, 1991)

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Sendo assim, a atuação psicopedagógica pressupõe a compreensão da dificuldade de aprendizagem, dos vários fatores condicionantes dessa aprendizagem e das alterações produzidas no processo de aprender.

Dispondo de estratégias preventivas e terapêuticas a Psicopedagogia reconhece, trata e previne as dificuldades de aprendizagem.

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Avaliação Psicopedagógica

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A avaliação psicopedagógica é um processo complexo de investigação da situação de aprendizagem do sujeito. Busca compreender não somente o “porquê” da dificuldade, mas também “o que” ele pode aprender e “como”.

Neste processo incluem, entrevistas com os pais ou responsáveis pela criança e/ou adolescente, análise do material escolar, aplicação de diferentes atividades e uso de testes para avaliação do desenvolvimento, áreas de competência e dificuldades apresentadas.

Após o processo de avaliação, inicia-se o processo interventivo (se for o caso) e possíveis encaminhamentos.

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Intervenção psicopedagógica

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Visando a prevenção de sintomas relacionados aos sentimentos de “não aprender” e embasado no estudo da origem das dificuldades de aprendizagem, a Psicopedagogia visa o desenvolvimento de atividades que estimulam as funções cognitivas, abordando simultaneamente as questões afetivas e sociais do indivíduo. Deste modo, a intervenção contribui para a construção da autonomia e independência por meio da relação com o saber/aprender.

 

Orientação - Pais e Educadores

 

A orientação auxilia no processo de educação de crianças, tanto pequenas como adolescentes e jovens, visando a modificação de comportamentos, tanto dos próprios pais e educadores quanto das crianças.

Esse procedimento busca transmitir padrões, valores e normas de conduta que possam garantir uma vida em grupo saudável, participação social e o pleno desenvolvimento das potencialidades.

A Psicopedagogia promove apoio a todos os trabalhos realizados no espaço da escola, buscando auxiliar o aluno na compreensão do seu próprio procedimento de construção de conhecimento. Orienta o professor na identificação das diferentes etapas do desenvolvimento evolutivo dos alunos e compreensão de sua relação com a aprendizagem. Junto aos educadores, busca a reconstrução de seus próprios modelos de aprendizagem, de modo que ao se perceberem também como aprendizes, revejam seus modelos de ensino. Atua na prevenção de fracassos na aprendizagem e a melhoria da qualidade do desempenho escolar.